Em nosso último post, vimos um pouco sobre a paixão que
pinta metade de Buenos Aires de azul e amarelo (ou a metade e mais um, como os
próprios torcedores do Boca Juniors se dizem). Hoje vamos conhecer o outro lado
da moeda futebolística da cidade. De fato, a capital argentina possui vários
outros times de futebol considerados grandes, como o San Lorenzo e o Vélez
Sarsfield, mas nenhum outro rivaliza tanto com os xeneizes quanto o Club Atlético River Plate.
Monumental de Nuñez, a casa do River Plate
O clube fundado em 1901 é conhecido como Los millionarios, desde uma contratação
milionária de um jogador na década de 30, além do fato de sua sede e seu
estádio, o Estádio Monumental Antonio Vespucio Liberti, ficarem no bairro nobre
de Belgrano (e não no bairro de Nuñez, como sugere o apelido do estádio: Monumental de Nuñez). É o maior estádio
da Argentina – pouco mais de 60 mil lugares – e onde a seleção local costuma
mandar seus jogos. Eu não poderia me dizer conhecedor da rivalidade Boca-River
sem conhecer o lado vermelho e branco da história, o que fizemos no Museo River.
Museo River: lindo por fora e por dentro
O Museu River possui três tipos de passeios, com preços
diferentes para turistas, argentinos e sócios do clube. Para nós, a visita
simples ao Museu sai por A$50; a visita express sai por A$55 e a visita com
direito a tour pelo estádio (chegando até a beirada do gramado) custa A$60.
Claro que fizemos a última, mas atenção aqui: os tours saem de hora em hora,
das 11h-17h. O tour começa te convidando a uma viagem numa máquina do tempo,
onde voltamos para a data de fundação do River e entendemos um pouco como se
formou esse gigante do futebol argentino. Década por década, vimos o
desenvolvimento do clube e o cenário no país, passando por seus principais
títulos e jogadores, como Alfredo Di Stéfano, Daniel Passarella, Mario Kempes,
Enzo Francescoli, Ariel Ortega, entre tantos outros. O túnel do tempo termina
com os principais troféus do clube, com destaque para as Libertadores de 86 e
96 e o Mundial em 86. Há também uma enorme maquete do Monumental e uma vasta
coleção de camisas antigas, sensacional.
O túnel do tempo...
...que termina com as maiores conquistas dos Millionarios!
Maquete enorme do Monumental
Hall em homenagem aos artilheiros do clube
Uma pequena parte da enorme coleção de camisas do Museu
A visita no Museu do maior campeão nacional da Argentina
continua com a tão esperada visita ao Monumental de Nuñez. Começamos nos
sentando na arquibancada, onde a guia conta a história do estádio, a confusão
entre os bairros Belgrano e Nuñez, enfim, um monte de curiosidades que os
amantes do futebol vão adorar. Seguimos para o vestiário para, finalmente,
adentrar o campo de jogo. A proibição de pisar no gramado só nos atiçou ainda
mais, mas nos comportamos e tiramos muitas fotos. O estádio é lindo, enorme, o
nome diz tudo: Monumental. Não me espanta o fato da Argentina dificilmente
perder seus jogos quando joga com casa cheia por lá.
Banco de reservas
Chegando no limite permitido, a vontade era pisar no gramado...
Mostrando talento
Torcida do River dando show no Monumental
Como qualquer Museu, a visita termina com uma visita na
enorme loja de produtos oficiais do River Plate, já de volta à entrada do
Museu. Os preços das camisas oficiais, pra minha surpresa, são caríssimos, não
só lá mas em toda Buenos Aires. Ficamos só na vontade.
Maneiríssima a loja do River, mas os preço$...
Muito se fala do Museu de La Passión Boquense e de La Bombonera, mas achei o Museu River bem mais bonito, informativo e organizado,
tornando a visita bastante agradável. O Museu River funciona todos os dias, das
10h-19h, exceto em dia de jogos no estádio.
No próximo post, um destino delicioso e cheio de charme em
Buenos Aires.
Partiu!
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