terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Buenos Aires: La Bombonera

E aí galera!

Nosso passeio por Buenos Aires continua pela região de La Boca, mas do que falaremos nesse post extravasa as fronteiras do popular bairro, da capital argentina e, por que não, até mesmo as fronteiras de nosso país vizinho. Não é novidade pra ninguém que a Argentina é um país tão apaixonado por futebol quanto o nosso: os caras são bicampeões do mundo, juram que Maradona foi um Deus perto do nosso Pelé – sem exageros: os caras tem uma igreja pra louvar o ex-camisa 10 deles – e hoje vivem o presente de Lionel Messi, quatro vezes o melhor jogador do mundo pela FIFA. Mas um certo clube tem uma importância especial no meio dessa paixão toda: o Club Atlético Boca Juniors, ou simplesmente o Boca. 

Um dos mais importantes estádios do mundo: La Bombonera

Chegando em La Bombonera: o estádio não é dos maiores nem dos mais modernos, mas tem muita mística e história

O Boca Juniors é o clube mais popular da Argentina e é o clube, juntamente com o Milan, da Itália, com mais títulos internacionais no mundo, o que não é pouca coisa, se pensarmos que a os clubes argentinos não contam com os milhões de euros esbanjados por clubes europeus para montar suas equipes. O Boca é tricampeão mundial e hexacampeão da Copa Libertadores, além de ser um verdadeiro terror para clubes brasileiros, principalmente quando os recebe em seu lendário estádio: o Alberto J. Armando, mais conhecido como La Bombonera.

Na direita, um dos três troféus de Campeão Mundial

Como vocês já devem ter ouvido falar, o nome se dá pelo formato de suas arquibancadas: muito íngremes e espremidas, lembrando uma caixa de bombons, o que em situações de estádio lotado (maioria das vezes) coloca uma pressão tão absurda nos adversários que a principal torcida do clube – uma das mais fanáticas do país – se chama La 12, como se fossem um jogador a mais em campo. Como diz o Galvão Bueno em suas transmissões cheias de jargões: “A Bombonera não treme, ela pulsa!” Deve ser coisa de louco ver um jogo do Boca no estádio (e de rico também: os ingressos para não-sócios do clube são caríssimos, entre A$200 e A$300 e se esgotam rápido). Explicado por que é tão complicado assim ganhar dos caras lá. Eu simplesmente tinha que entrar em La Bombonera e conhecer esse ícone do futebol mundial.

Torcida do Boca em jogo contra o Arsenal pela Libertadores 2012

Museu do Boca, com estátua do Maradona, claro.
Camisas antigas do Boca Juniors: amarelo e azul tradicionais.

Essa vontade, obviamente, não era só minha e o Boca aproveitou sua fama mundial e construiu, em seu estádio, o Museo de La Passión Boquense, o museu do Boca, onde seus visitantes podem conhecer as origens do mais popular clube do país e entender um pouco como se criou esse gigante e a relação com a torcida xeneize – apelido da torcida, vem de genovês, oriundo da cidade de Gênova, na Itália. Dentre seus principais ídolos, só pra começar com os mais recentes: Diego Maradona, Gabriel Batistuta, Cláudio Caniggia (sim, aquele canalha que nos eliminou da Copa do Mundo de 1990), Martín Palermo, Román Riquelme, Carlitos Tévez... A lista é longa e tem alguns brasileiros nessa história.

Os três ídolos mais recentes: Schellotto, Riquelme e Palermo.

Década a década, cada detalhe da gloriosa história do Boca.

Há um tour guiado pelo Museu (A$60), que passa pelas origens do clube, seus ídolos, títulos, uniformes, a relação com o bairro La Boca e termina em uma das arquibancadas de La Bombonera, onde você será convidado (mediante pagamento, claro) a tirar uma foto de dentro do gramado com uma das Copas Libertadores do clube – imagino que seja réplica, enfim. Óbvio que desembolsei meus pesitos e saí orgulhoso com mi foto de Boca, como diz o porta retrato azul e amarelo.

As arquibancadas são MUITO íngremes e o campo muito próximo!

Ahhh garoto! =)

Como comentamos no post sobre La Boca, chegar no estádio só de taxi ou ônibus – não há estação de metrô por lá. Aconselhamos sempre o taxi, pelos motivos expostos no post sobre o transporte.

No próximo post, vamos viver o outro lado dessa moeda chamada futebol argentino. Os xeneizes (nome dado aos torcedores do Boca) se dizem “la mitad más uno”, como forma de dizerem que são os maiores da Argentina. Agora conheceremos os que intitulam “el más grande lejos” (os maiores, de longe)...

Partiu!

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